A simulação de um sismo de alta magnitude foi hoje o cenário para um exercício na Ribeira Quente, na ilha de São Miguel, que juntou os três ramos das Forças Armadas nos Açores.

Este exercício, integrado no conjunto de iniciativas Açor 2018, teve por objetivo o treino operacional conjunto dos comandos, forças e meios sedeados no arquipélago em resposta a uma situação de crise sísmica e teve a particularidade de ter sido feito na freguesia da Ribeira Quente, no concelho da Povoação.

Naquela freguesia, a chuva intensa provocou derrocadas e 29 pessoas morreram soterradas em 31 de outubro de 1997, numa das maiores tragédias recentes na região autónoma.

Para o secretário regional da Saúde, que acompanhou o exercício, há a preocupação de “estimular” permanentemente “a cooperação entre as várias entidades”, estando o executivo confiante “no dispositivo existente nos Açores” para responder a eventos como sismos.

Já o Tenente-General Amândio Miranda, o comandante operacional dos Açores, mostrou-se satisfeito com a resposta dada pelos profissionais.

“Perante uma situação difícil, que foi criada em termos de cenário, houve uma capacidade robusta para operar”, vincou.

O Açor 2018, que prossegue com outros exercícios, integra, além dos três ramos das Forças Armadas, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) e testa a cooperação e articulação entre os agentes envolvidos.

Este é o segundo treino em cenário de crise sísmica que se realiza na região no espaço de uma semana.

Fonte: País ao Minuto